Commodities Agrícolas

Liquidez global O esforço conjunto de diversos bancos centrais para ampliar a liquidez do sistema financeiro global foi bem recebido nos mercados. Os contratos futuros de café arábica com entrega para março encerraram o dia cotados a US$2,3690 por libra-peso na bolsa de Nova York, valorização de 935 pontos. De acordo com consultados pela Bloomberg, interrupções no suprimento da Colômbia e estoques de arábica relativamente baixos indicam que haverá pouca margem de proteção na próxima safra. "O ambiente econômico parece melhor", afirmou Marcio Bernardo, da Newedge. "No curto prazo, a oferta de arábica é curta, e os preços continuam fortes", disse ele. No mercado interno, o indicador Cepea/Esalq para o café ficou em R$504,24 a saca, alta de 0,87%. Pressão de oferta Em meio às desconfianças sobre o rumo do crescimento econômico global, os futuros de cacau recuaram ontem na bolsa de Nova York. Os contratos para março encerraram o dia a US$2.305 a tonelada, em queda de US$15. Segundo especialistas ouvidos pela agência Dow Jones Newswires, os sinais são de que novas quedas devem ocorrer, sobretudo por causa do aumento da oferta no oeste da África. "Acredito que o mercado está travado em uma tendência baixista", disse Drew Geraghty, da ICAP Futures. "Vejo que US$2.250 será um tipo de nível de suporte, mas que o mercado pode ver níveis mais baixos nas próximas quatro a seis semanas", afirmou. Em Ilhéus e Itabuna (BA), a arroba da amêndoa fechou em queda de 2,5% a R$69,83, segundo a Central Nacional de Produtores de Cacau. Atenção ao clima Os futuros de suco de laranja voltaram a cair ontem na bolsa de Nova York. Os papéis com vencimento em março encerraram a quarta-feira cotados a US$1,7235 por libra-peso, queda de 25 pontos. De acordo com analistas consultados pela Dow Jones Newswires, os traders estarão atentos, nos próximos dois meses, à previsão meteorológica no longo prazo, à espera de sinais de geada na Flórida, segundo maior parque citrícola do mundo. "Não há muitas notícias agora", afirmou Boyd Cruel, da Vision Financial Markets. "Se o clima estiver ameno e as temperaturas permaneceram acima de zero, haverá um limite para o mercado", acrescentou. No Brasil, o preço médio da laranja pera ao produtor de São Paulo caiu 0,84%, a R$9,43 a caixa de 40,8 quilos, segundo o Cepea. Baixa confiança A falta de confiança do mercado de que os bancos centrais da Europa, EUA e Japão, entre outros, conseguirão reaquecer a economia levou à queda dos futuros de algodão na bolsa de Nova York ontem. Os papéis com vencimento em março encerraram o dia a 90,91 centavos de dólar por libra-peso, em desvalorização de 184 pontos. Especialistas ouvidos pela Bloomberg afirmaram que o cenário traz dúvidas sobre a retomada da demanda por algodão, em um contexto de aumento da oferta mundial. A produção global da pluma vai subir 7,5%, enquanto a demanda vai cair pelo terceiro ano, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). No mercado interno, o indicador Cepea/Esalq teve queda de 1,80% a R$1,6906 a libra-peso. Fonte: Valor Online. Pela Redação. 1 de dezembro de 2011.
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